DA VARANDA
Da minha varanda
eu vejo tudo.
À vida vai, vai
indo...
Os carros passam
com tanta pressa.
E essa mesma
pressa param o trânsito.
Que invadem o
espaço do outro, aí nem vai, nem vem.
Daqui eu vejo as
luzes do Rock Rio, lindo os fogos quando explodem,
Silenciosos de
longe.
De perto uma barulheira
ensurdecedora,
Assusta.
É por isso que
esses jovens são surdos, aí eu penso eu também já fui assim.
Vejo a Lagoa bem
perto. Um espelho gigante, que cabe a Barra e toda Jacarepaguá dentro de seu
reflexo: os prédios da Avenida das Américas, mercados grandes, o Barra Shopping,
a Península- lugar onde moram a elite da burguesia.
A Avenida Airton Senna.
Vila do Pan-
quanto dinheiro gasto por nada.
O inicio da Linha
amarela.
Vejo também as montanhas
bem longe, e outras perto que cabem perfeitamente dentro do reflexo das águas
agora calmas da lagoa.
Eu vejo da minha
varanda.
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