Pular para o conteúdo principal

 


                DA VARANDA

 

Da minha varanda eu vejo tudo.

À vida vai, vai indo...

Os carros passam com tanta pressa.

E essa mesma pressa param o trânsito.

Que invadem o espaço do outro, aí nem vai, nem vem.

Daqui eu vejo as luzes do Rock Rio, lindo os fogos quando explodem,

Silenciosos de longe.

De perto uma barulheira ensurdecedora,

Assusta.

É por isso que esses jovens são surdos, aí eu penso eu também já fui assim.

Vejo a Lagoa bem perto. Um espelho gigante, que cabe a Barra e toda Jacarepaguá dentro de seu reflexo: os prédios da Avenida das Américas, mercados grandes, o Barra Shopping, a Península- lugar onde moram a elite da burguesia.

 A Avenida Airton Senna.

Vila do Pan- quanto dinheiro gasto por nada.

O inicio da Linha amarela.

Vejo também as montanhas bem longe, e outras perto que cabem perfeitamente dentro do reflexo das águas agora calmas da lagoa.

Eu vejo da minha varanda.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Temos um Ano Todo pela Frente

                                               Temos um Ano Todo pela Frente Janeiro sempre chega como uma folha em branco, imaculada e cheia de promessas. É um mês com cheiro de novidade, um misto de esperança e de leveza, como se o peso dos meses anteriores tivesse ficado para trás, dissolvido no último badalar de dezembro. O sol parece mais brilhante em janeiro. Talvez seja a forma que ele encontra de nos lembrar que há tempo, que há caminhos a serem trilhados, que ainda dá para recomeçar. A cada manhã, quando a luz invade as janelas, há uma sensação quase palpável de recomeço. Mas é curioso como o começo de um ano é mais do que uma data no calendário. Ele é uma promessa silenciosa que fazemos a nós mesmos. "Este ano vai ser diferente", murmuramos entre listas de metas, planos e sonhos que ainda não foram vividos. A dieta que começará na segunda-feira, o projeto...

O Brilho das Luzes Invisíveis

                                    O Brilho das Luzes Invisíveis Era véspera de Natal, e eu estava sentado na sala, cercado pelo calor discreto da casa. Não havia árvore enfeitada naquele ano, mas sobre a mesa repousava uma chaleira de ferro, exalando o aroma suave de chá de capim-cidreira. Lá fora, a noite estava fria, mas dentro de mim havia uma chama acesa. Enquanto segurava a xícara quente entre as mãos, pensei nos Natais da minha infância. Lembrei-me das manhãs ansiosas, da expectativa pelos presentes e da recepção acolhedora da minha mãe enquanto preparava a ceia com o que nós. Mas, acima de tudo, registrei a simplicidade com que ela fez o Natal acontecer, mesmo nos anos mais difíceis. Era ela quem me ensinava que o brilho do Natal não vinha das decorações ou dos presentes, mas das pessoas e dos pequenos gestos de amor. “O Natal está nas coisas invisíveis”, ela costumava dizer. Naquele tempo...

A Beleza da Impermanência: Atração, Paixão e Amor.

      A Beleza da Impermanência: Atração, Paixão e Amor.   A atração te faz olhar duas vezes, sentir um frio na barriga, querer saber mais sobre a pessoa. É como um convite para conhecer um novo mundo, cheio de possibilidades. A paixão é mais intensa, te deixa sem ar, te faz querer gritar para o mundo o que sente. É como um fogo que queima forte, te consumindo por inteiro. O amor, por outro lado, é mais calmo, mais profundo. É como um rio que flui, te levando para um lugar seguro, te acolhendo em seus braços. É a vontade de estar perto, de cuidar, de dividir a vida com alguém. Mas lembre-se, a atração pode ser passageira, a paixão pode ser avassaladora, e o amor pode ser desafiador. O importante é saber reconhecer cada um desses sentimentos e entender o que eles significam para você. Os sentimentos têm um começo, eles também podem ter um fim. As relações mudam, as pessoas seguem caminhos diferentes...