O Brilho das Luzes Invisíveis Era véspera de Natal, e eu estava sentado na sala, cercado pelo calor discreto da casa. Não havia árvore enfeitada naquele ano, mas sobre a mesa repousava uma chaleira de ferro, exalando o aroma suave de chá de capim-cidreira. Lá fora, a noite estava fria, mas dentro de mim havia uma chama acesa. Enquanto segurava a xícara quente entre as mãos, pensei nos Natais da minha infância. Lembrei-me das manhãs ansiosas, da expectativa pelos presentes e da recepção acolhedora da minha mãe enquanto preparava a ceia com o que nós. Mas, acima de tudo, registrei a simplicidade com que ela fez o Natal acontecer, mesmo nos anos mais difíceis. Era ela quem me ensinava que o brilho do Natal não vinha das decorações ou dos presentes, mas das pessoas e dos pequenos gestos de amor. “O Natal está nas coisas invisíveis”, ela costumava dizer. Naquele tempo...
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