Naquele
tempo, como
não tinha muitas cercas nos terrenos, nas propriedades de um e de outros, só se
sabia por uma divisa qualquer: um riacho, uma árvore uma estrada e caminhos.
Era assim que se sabia que um terreno era de fulano ou sicrano. Podia-se andar
de um lado para outro.
Sempre que chovia
via-se o resultado, uma enxurrada, uns buracos feitos pela água e, essa mesma
levava muita coisa que estivesse em seu caminho. O que eu achava triste era
quando levava uma parte da roça de meu pai. Eu ficava muito triste de ver
aquilo.
Era uma coisa que não podia fazer nada, já estava feito. Mas também eu
gostava de ver as pequenas poças que se formava em qualquer lugar.
Às vezes
formava-se uns olhos d’água, aqui e ali e, isso nos divertíamos. Dava para
fazer muitas coisas com uma pequena nascente de água. Juntavam dois ou mais
menino e íamos brincar com aquilo, que no dia de ontem não tinha.
Tudo aquilo
ali era passageiro, sabíamos que aquela nascente logo, logo iria desaparecer.
Porem nós não estávamos preocupados com aquilo, só em brincar com uma coisa que
a muito pouco tempo não tinha.
A chuva também fazia
com que o nosso Riozinho virasse de um dia para outro, um riozão.
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